sexta-feira, 25 de novembro de 2011

USTED ES MUCHO SIN NOCION ou, #daztriangulos #dazconsciencia

ANDEI ANDEI E MINHA CABECA CONTINUA A PENSAR EM VOCES. PENSAR EM VOCES EH MELHOR QUE PENSAR EM VOCE. FICA MAIS CLARO QUE A CONFUSAO EH MINHA. SINTO SUAS FALTAS. A QUEM ESTOU ENGANANDO SENAO A MIM MESMA? MUDE O RUMO, SUA VIDA NAO EH POR AI. UTILIZE SUAS ENERGIAS PARA/POR UMA BOA RAZAO. PARE DE BEBER, OU NAO. OUÇA O QUE EU DIGO. FAÇA O QUE EU FALO. OU FINJA-SE CONFUSA E DIGA QUE EU SOU SOH ALGO ERRANTE DA SUA MENTE. SOU MAIS ANTIGO QUE VOCE, IDIOTA. USTED ES MUCHO SIN NOCION.

A FAMILIA, COM CARINHO,

Graça, Razão e Sentimento

São personalidades diferentes
Que se completam fraternalmente
Um feito ao outro
Assim sem jeito
Se entendem em silêncio
Se divertem sem medo
Conversam de igual
Ajustam um ao outro
Completam sem fim
E com muito amor
Seguram e confiam a mão
Estão quentes e próximos
Tentando dar conta
De si mesmo
São lindos, únicos
E fascinam àqueles que permitem compartilhar as horas
Não existe certo ou errado
É claro, amor sem medo
Se jogam
Assumem seus papéis
E aceitam o julgo um do outro
São eternos
Três em um
Cômodo

(Junia Iglesias)

domingo, 13 de novembro de 2011

Narrativa alternativa para a crise, FSP, hj

por Clóvis Rossi


Houve uma vez um tempo em que os "países-cigarras", que gastam muito, eram formiguinhas

Toda a culpa pela crise europeia é dos gregos preguiçosos, dos italianos adeptos da "dolce vita" e dos espanhóis que preferem a "siesta" ao trabalho.

Essa é a narrativa hegemônica no noticiário e nas análises dos especialistas, quase todos guiados pelas pautas que ditam os tais mercados.

Menos mal que um economista chamado Michael Pettis resolveu fuçar em dados sobre os países que gastam muito -que seriam as cigarras dessa mal contada fábula- e os países, a Alemanha, por exemplo, que trabalham muito -como a formiguinha- e ainda por cima se veem obrigados agora a socorrer os parceiros malandros.

Pettis é pesquisador associado-sênior do Programa Ásia do centro Carnegie para a Paz Internacional, com QG em Washington. Ele separou dados de duas décadas, a que antecedeu o lançamento físico do euro e a seguinte. Escreve, sobre a Alemanha:

"Na década antes de 2000, a Alemanha aparece entre os países líderes em superavits comerciais apenas uma vez, em 1990. Mas, na década após 2000, a Alemanha é o país com o segundo maior superavit comercial todos os anos, com exceção de 2001 e 2011, em que aparece em terceiro."

Traduzindo do economês para o "fabulês": a formiga Alemanha só virou formiga depois do euro.

Vejamos agora o que Pettis chama de "a supostamente preguiçosa Itália": apareceu sempre entre os dez países com maior superavit de 1993 a 1999, para, apenas a partir de 2000, se transformar em um dos grandes deficitários.

Como explicar então a crise europeia? Pettis oferece ao leitor duas narrativas, a convencional, que abre esta coluna, evidentemente com ironia (minha, não dele), mas também "uma teoria alternativa: a de que os desequilíbrios foram causados por políticas internas -talvez a criação do euro e o mecanismo de política monetária [juros] que atendia as necessidades da Alemanha, em detrimento da periferia". Tais desequilíbrios, prossegue a análise, "criaram crescimento do emprego nos países que reduziram o consumo, e forçaram os países que não o fizeram a escolher entre endividamento e desemprego".

Termina: "Como estes países não tinham controle sobre a política monetária, a escolha foi feita por eles em grande medida pelo Banco Central Europeu, com seus juros excessivamente baixos, e o nível de endividamento explodiu."

Não estou dizendo que a Alemanha é a culpada da crise, mas as tabelas apresentadas por Pettis mostram que ela se beneficiou -e muito- do euro, às custas dos países que importavam produtos alemães ou de outros grandes exportadores.

É sintomático que José Manuel Durão Barroso, o presidente da Comissão Europeia, tenha sido forçado a publicar anteontem artigo no "El País" em que lembra que, em 2010, "a Alemanha exportou mais bens e serviços aos Países Baixos que à China, à França que aos EUA, à Polônia que à Rússia, à Espanha que ao Brasil, à Hungria que à Índia".

Posto de outra forma: as "cigarras" não sugavam o sangue da Alemanha, mas lhe davam lucro. Agora que chegou o inverno, chutá-las pode ser um tiro no próprio pé - além de imoral, conceito que não existe nesse jogo.

crossi@uol.com.br

domingo, 6 de novembro de 2011

Primo rico, primo pobre

São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Primo rico, primo pobre

Movimento de SP importa o modelo do "Ocupe Wall Street" sem suas causas nem seu poder de mobilização

FERNANDA MENA
EDITORA DA ILUSTRADA

De um lado, dezenas de barracas de acampamento ocupadas, em sua maioria por neo-hippies e neopunks.
Ao centro, uma cozinha improvisada. E ainda biblioteca, instalações artísticas e áreas de descanso e de debates. Tudo cercado por cartazes que invariavelmente mencionam os termos "capitalismo", "ação" e "sistema".
A descrição acima é do modelo de organização criado pelo movimento global "Occupy Together" e poderia ser atribuída a muitas das ocupações que ocorrem hoje em 2.306 cidades do mundo, de acordo com o site do grupo (occupytogether.org).
Ela se aplica, em versão bastante modesta, ao "Ocupa Sampa" (ou "Acampasampa"), que reúne cerca de 200 pessoas acampadas há 23 dias na área do vale do Anhangabaú coberta pelo viaduto do Chá, na região central de São Paulo.
O movimento importou o formato do pioneiro "Ocupe Wall Street", que desde 17 de setembro agrega centenas de pessoas no parque Zuccoti, em Nova York, onde a Folha esteve há duas semanas. Os ativistas têm como slogan "Injustiças perpetradas por 1% da população -elites política e econômica- afetam os outros 99%: nós".
Mas, se nos EUA há ações contra o sistema financeiro (campanhas em prol das cooperativas de crédito) e ambição de influenciar o Partido Democrata (assim como o Tea Party influencia o Partido Republicano), por aqui o alvo do movimento é tão sólido que se desmancha no ar.
Na falta de consequências graves da crise econômica global, caso da Europa e dos EUA, o movimento daqui se vê às voltas com os demônios brasileiros de sempre.
"Os problemas são tantos que ainda não chegamos a uma pauta. O Brasil vive em crise há muito tempo", diz Diego Torrão, 26. "É um movimento internacional que tem de dar conta de questões locais: exclusão, pobreza, corrupção. Estamos muito atrás."
Membro da "comissão de comunicação", ele trata dos "poucos jornalistas" que vão ao "Ocupa Sampa", enquanto em Wall Street uma "barraca de mídia" se desdobra para produzir vídeos, fotos e textos para a internet.
Com isso, o acampamento norte-americano foi convertido em ponto de peregrinação de turistas, ativistas e curiosos recebidos com panfletos explicativos pelos estandes de boas-vindas.
Na última sexta, o australiano Richard May, 32, apareceu para uma visita ao acampamento de São Paulo. "A vibração aqui é ótima. Mas as propostas são muito gerais. Não entendi direito."
Nos EUA, artistas e intelectuais apoiam a ocupação: estiveram lá o filósofo Slavoj Zizek, o diretor Michael Moore, a escritora Naomi Klein e até o rapper Kanye West.
No "Ocupa Sampa", poucos intelectuais foram ao Anhangabaú, entre eles, o professor de filosofia da USP e colunista da Folha Vladimir Safatle, que ministrou uma aula a céu aberto.
Além de barracas, cartazes e punks, nos acampamentos de São Paulo ou Nova York há muita música ao vivo. E ela é sempre ruim. Para um movimento político, isso deve ser um bom sinal.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

de volta ao nada, que é tudo.

a bala não virá do ceará, minha cara,
virá do maranhão,
lá sim moram os problemas do meu coração.

maldita a hora que confundimos os nordestinos.
mas foi preciso bahia e ceara, pra chegar onde quero estar.

não, as coisas não estão fáceis
machucar o corpo em cima de cicatriz recem adquirida pra mim é:
não aprendeu a lição

volte pra casa,
escute seu corpo
pára.

já que não é possível fazer novos começos
busquemos novos fins

e qual o fim disso?
ou daquilo
ou daquilo outro ainda?

sim, vc é o que sempre achou que fosse,
que no fundo é o que queria ser
mas tanta gente te disse que não era assim
e vc, acreditou
#tolinha

existe o impulso de se atormentar
se vc tem esse impulso,
saia de si mesmo e faça o bem para outras pessoas
diria @Marina Lima

volte-se pro seu coração
a resposta está lá
se preciso for, mande tudo as favas
nada é mais importante do que o que vc faz com a sua vida

e surtout,
de tempo ao tempo
respeite sua condição humana
vc já passou por isso
e voltará a passar

a vida é aprendizagem
apreendeu?

Contador Grátis