quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

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07 de janeiro de 2010




feliz ano novo
aprendendo muito




eu e clarice só num é mais banal porque é verdadeiro
e cada vez mais rio de mim mesma e de minhas psicãonalizações
é tudo tão obvio

e tudo vai otimo
e eu sei cada vez mais coisas
e continuo com meus vicios

não consigo ir na academia,
não consigo não beber
parece que estou em ferias escolares,
e tenho que entender que sou uma empresária

E NADA É MAIS IMPORTANTE DO QUE O QUE VC FAZ COM SUA VIDA

e quem mais quiser ser o que se é
que é o que se deve ser

preferi a autobiografia do Obama nessas férias do que a biografia da Clarice
como disse ao Nélio
são dois americanos
um wasp, pesquisador, esforçado, mas pentelho
o outro, o Obama
e como os EUA são diversos
e como tudo, quando olhado de perto, é diverso

por isso e possível generalizar,
e olhar de longe, de forma abrangente para que se tenha uma nocao do contexto
e por isso e possível particularizar,
para se entender a diferença que faz cada um de nos fazermos sentido de nossa existencia no uno todo

e os universalismos e particularismos sao so mais uma daquelas nocoes que estabelecem o esquizoparanoide e o depressivo, ou as duas margens de um rio, os extremos que
se refletem e constroem o todo
o yin e yang

e nos
fisicaquanticamente atuando nesses extremos identitários criados para nossa propria conscientizacao de nos mesmos
e dinamicamente o fazemos
a todo instante

espaço e tempo sao variaveis dinâmicas
criacoes
ilustracoes
simbolos
mitos
do homem
que e parte
pequena
desse latifundio
do que se quiser-a de se chamar divino

nao sinto saudades dele
e um lado de mim me diz que isso e estranho
e na verdade meu coracao me diz que e porque somos sim
equilibrados
encontrados
unos
e assim
vamos ser distantes
porque os herois ai estao para se realizarem e trocarem experiencias entre si e para si


estou apaixonada por uma cachorra
isso e grave
ou so rotina
e logo
progresso na rotina
ja que essa e a primeira cachorra que merece ser chamada assim
e nao xingada assim

e o uly disse que nunca acerta comigo
e eu disse que quem procura certo e errado e so ele
que se ele for, o que ele e,
ele sempre vai ser o que eu posso lidar

a gente tem mesmo que matar nosso pais pra nos sermos,
nao tem opcao
qualquer restinho que vc deixa
renasce
como erva daninha
porque e coisa ruim que num morre
e assim
mortos
nascem
como sao
e trocamos todos de fase


e vivemos a epoca de valorizacao da historia dos vencedores
e qdo num foi essa epoca
enfim,
e viva a possibilidade de a saude mental finalmente vencer!
eu agradeco e sim, melhora mesmo
mas afff
o que faremos depois

ou nao
nao existem vencedores nem perdedores
porque as dualidades opositivas nao estao mais em jogo
entao estamos falando da condicao de manter-se criador de vida
e equilibrar pulsao de morte e pulsao de vida na busca de
na busca de que porra
na busca da busca
melhor
na busca da compreensao de que a busca é
viva a busca

eu sinto claramente a neurose sendo sinapsada no meu cerebro
sintaxisada na minha epistemologia comunicativa
necrosada em parte de meu corpo
criando as reichinianas crostras de neuroses
que vai psicoparanotizar e virar enfartos
ou deprimir e virar cancer
ou qualquer outro desequilibrio que esteja dentro do leque de patologias depressivas de pulsão de morte ou euforicas de pulsão de vida


porque medo de morrer a gente tem
e de nascer também
então a constancia num é nascer ou morrer
é o medo

e o medo é humano
entregar-se a ele é divino.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

marina

De mudança para São Paulo, Marina Lima quer "começar de novo"

MARCUS PRETO
da Folha de S.Paulo, em Porto Alegre
Como na letra de uma de suas baladas mais famosas, Marina Lima, 54, procura agora por outros olhos e armadilhas.

A cantora está de mudança para São Paulo. Ensaia show com repertório basicamente inédito, dirigido pelo arquiteto Isay Weinfeld. E que deve gerar um CD de estúdio neste ano.

Também está previsto para 2010 o primeiro livro, "Entre as Coisas", "quase um almanaque" que reúne, segundo ela, "as coisas que me interessam: o mundo da música, do canto, das mulheres".

E, por fim, o DVD que registra o emblemático show "Primórdios", dirigido por Monique Gardenberg em 2006.

Marina recebeu a reportagem da Folha no estúdio em Porto Alegre onde ensaia com sua banda. "Porto Alegre me parece ser um lugar de muita gente de ponta. Leia-se: à frente. Leia-se: maluco", brincou.

Lucas Uebel/Preview.com

Marina Lima, 54, ensaia seu novo show em Porto Alegre; cantora diz que foi "fichada" porque teve depressão
FOLHA - Você já viveu algumas temporadas em São Paulo. No que sua saída do Rio é diferente agora?
MARINA LIMA - Agora, vou sair para viver. Quero começar minha vida. Recomeçar de outro ponto, em outro lugar. Tem um "começar de novo" nisso, mas tem também um continuar. Quando quis estudar guitarra, fui para São Paulo. Quando quis entender a linguagem dos computadores, fiz a mesma coisa. A cidade me atrai. É como se estivesse me mudando para outro país que fala a mesma língua.

FOLHA - Uma espécie de desafio?
MARINA - Começar tudo de novo em outra cidade é uma grande mudança. Domino o Rio. A cidade me é familiar, é fácil viver nela. Mas estou muito isolada. O que tenho no Rio? Minha casa, meus familiares, mas não tenho muito com quem trocar.

FOLHA - Isolada como? A sua turma não é mais...
MARINA - Não faço parte de turma, nunca fiz. Do auge do meu sucesso até agora, era só eu e o [irmão Antonio] Cicero. Não sou do Asdrúbal, não sou da turma dos baianos. Acontecem coisas singulares comigo no Rio. Vou ao cinema sozinha, faço tudo sozinha.

FOLHA - Vai vender a casa no Rio?
MARINA - Minha casa não é mais minha. Morei anos sozinha em uma cobertura enorme na Lagoa. Pensei muitas vezes: "De que me adianta essa vista?". Vendi aquela cobertura e aluguei um apartamento em Ipanema sem vista nenhuma, só com vista para dentro. E muito menor. Está tudo espremido. Então São Paulo representa, agora, voltar ao paraíso.

FOLHA - Mudanças pessoais estimularam a mudança de cidade?
MARINA - Envelheci e passei a investir em outras coisas, em estar mais em casa, ler, ficar no computador. E gostei. É como se agora isso não fosse mais perda de tempo. No Rio, viver assim não funciona muito porque você para de circular em lugares centrais para a coisa social continuar acontecendo.

FOLHA - Você registrou um de seus shows mais emblemáticos, "Primórdios", que seria lançado em DVD...
MARINA - "Primórdios" parecia ser minha grande volta aos palcos. Porque "Sissi na Sua" [show de 2000], que teria sido essa volta, era muito radical. Eu estava saindo daquela loucura toda [perda da voz causada por depressão], era um show sobre as dificuldades que as pessoas que não se adequam têm de passar para não morrer.

FOLHA - O público não entendeu?
MARINA - Alguns nerds se conectaram, mas não o grande público. Eles esperavam aquela Marina, e aquela Marina não voltou. Aquela nunca mais vai voltar. Não existe volta. Existe a continuidade das coisas. Aquele show representava um esforço para dizer: "Eu não fui, eu não morri, a loucura não me sucumbiu, eu consegui voltar". Mas não voltei igual, voltei talvez até ameaçadora para quem está acomodado. Para algumas pessoas, a vida não tem crise.

FOLHA - Falar abertamente sobre depressão incomoda, é isso?
MARINA - Acho que é um estigma. Fui fichada porque tive depressão, marcada que nem gado. É como ficha na polícia. Tem gente que fica fingindo. O Silvio Santos, por exemplo. Ninguém quer saber se o cara teve derrota, se tem problemas pessoais. O que interessa para o mundo é aquele sorriso dele. Não faço essa linha. Sou fascinada pela vida, com a dor que isso possa implicar.

FOLHA - O DVD vai sair?
MARINA - Vai. Mas não vou dizer datas. Fiquei constrangida porque andei divulgando prazos de lançamento de um livro que está sendo feito, mas não consegui cumprir porque não depende de mim. Se eu fosse dona da banca... Meu tesão por esse ofício voltou com tudo, e a idade pode ser um fator determinante nisso. É a proximidade da morte. Mas, enquanto estou viva, o conhecimento me excita. O mundo anda, e você não pode achar que é uma obra acabada. É uma obra em aberto. A não ser que queira ficar lá, cristalizada. Não é o meu caso.

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