sábado, 25 de abril de 2009

Eros e psique: revisão lacaniana



As dores voltaram
E eu hoje sou trágica
Sinto-me presa a teclas de computador quando eu precisaria de armas
Ou um violão tchelo
Eu quero minha liberdade
Volto a ser colonizada por pensamentos devastadores
E tudo de qualquer outra coisa é melhor
Me ser me dói
E eu quero chorar
E tudo me sufoca
Eu preciso gritar e ouvir musica altaaaaaaaaa
Eu preciso gritar e chorar ao ouvir musica altaaaaaaaaaaaaaaaaa
Sou eu a mais fraca de todos os que julgo?
Seria eu totalmente diferente do que estou sendo?
Que se dane a política
E as ações
Minha vida é arte e eu sou arte e minha vida sou eu e eu quero solidão
Estou surtando
Quero ir pra paris
E me entregar
E saber que estarei fazendo o que é errado
E não tem futuro
E não dá certo
Mas eu sou artista e preciso de paris
E só
Até eu saber que não é mais isso
E querer outra coisa
Eu sou sim, isto, DESEQUILIBRADA
E ás favas com o equilíbrio,
essa não é minha meta
Não, eu não quero ser Gandhi
Nem Jesus cristo
Se bem que esse até que teve bastante paixão
Eu quero saltar e sair dançando
Como um deus nietzschiano que se entrega a si
E vai
Eu a invejo por sua leviandade
Ela me inveja por minha responsabilidade
E nos amamos
Ou eu a amo
Em mim
E ela me faz falta
E eu a quero
E eu a desejo
E a ausência dela me enche de paixão
E eu a quero
Aqui
Agora
Eu entre seus braços
Vem meu amor
Eu te preciso
E estou agora em pânico
não a tenho e ela já se faz de outra
E eu sinto que a perco
E começo a me entregar
E não quero outro amor
E quero outro amor
E quero ela
E quero o oposto dela
E sou assim
Maluca

E volto a pensar
Mas ainda tremo

desejo.


individuação e/ou interdependência

o problema de se ser bobo da corte,
é que quando cai a corte,
só se é,
bobo.

ou:
É como se eu precisasse sempre explicar porque estou aqui.
E porque eu não estaria?
Não agüento mais pensar tudo dialeticamente.
Isso me cansa.
É como se eu fosse e voltasse toda vez para chegar no estar e ser
Porque o movimento repetido criaria uma massa mais firme que se configuraria naquilo que pode ser dito, visto, ouvido, lido
Enfim, a que parar, para ser, visível, tocável, sentido
___________________
Disseram-me que eu me levantei do tumulo de Nietzsche para lhe fazer justiça
e eu gostei
Quem são os tolos que viram niilismo em relação a vida em Nietzsche?
Nietzsche é o que deixa viver hoje
O resto é morte, niilista
Tolos aqueles que estiveram tão perto de exercer seu ser e ainda assim optaram pelo entendimento niilista de Nietzsche
Mentirosos, elitistas, conservadores de privilégios
Á merda com essa sociedade de bosta de privilégios

Ex:
"202. Perto demais e longe demais. - É frequente o leitor e o autor não se entenderem porque o autor conhece bem demais o seu tema e o acha quase enfadonho, dispensando os exemplos que conhece às duzias; mas o leitor é estranho à matéria, e a considera mal fundamentada se os exemplos lhe são negados." (Nietzsche, Humano demasiado Humano, 2000:138)
_____________________________
E todo o meu trabalho se presta a não voltar
Sim, obsessivamente laboriosa
Dir-se-ia uma protestante não fossem as origens bem definidamente católicas
Eu não suporto a vida humana
Eu quero sair daqui, por favor,
Isso dói, de cima pra baixo de baixo pra cima
Eu só quero não ter consciência
Minha cabeça pesa
E dói, dói, dói
E eu preciso limpar minha chaminé a toda hora do contrário tudo se entope e eu
Explodo,
E explodo e choro, e gozo e vomito e grito
E passa
Mas volta
E eu me sinto só
E eu volto a querer ela,
Ou seja lá o que é esse lugar de conforto que eu criei
Vítimas
Sempre vitimas, nós
E agora cabe a mim, romper esse circulo
Mas sou eu entre milhares, milhões, todos, viciados em serem vitimas
E eu deveria querer ser a maior das mártires
Avisada por ele,
Nietzsche
Que os discípulos sofrem mais do que os mártires
Porque é lógico
O mártir pelo menos define um sentido para essa porra de lugar que nós estamos
Já os discípulos só seguem o mártir, sem nunca terem força de assumir a verdade de que não existe esse lugar que eles projetam no mártir
Mas antes não saber
Não sei ainda se essa é uma opção
Existe a idéia de opção?
Verdadeiramente?
Fico um pouco confusa em relação a essa questão

E eles não entendem nada
Eu não preciso arrumar minha escrita
Eu falo o que eu quero porque senão não é meu
O que eles querem em falar dos outros o que eles não conseguem nem de si mesmos?

Eu tento
I really try
E eu queria que esse teclado fosse um machado
Na verdade não
Gosto da idéia de fazer com minhas próprias mãos
Tem horas em que eu só queria bater muito em algumas pessoas
Ou nas pessoas, tanto faz
Porque ninguém existe

Então entendo que existem horas em que eu quero muito sentir dores físicas
Porque minha cabeça não agüenta
E explode
E pode ser yoga, e pode ser exercício físico
e pode ser porrada
Mas o melhor é sexo
Qualquer mulher que não trepa é histérica
Qualquer pessoa que não trepa é histérica
Nos primeiros seis meses
Porque depois começa a virar paranóia
Uma paranóia histérica
E o que Freud fez com o mundo meu deus!
Agora usamos essa epistemologia maluca da modernidade na pós-modernidade porque não temos outras palavras para falar de histeria e paranóia
E o pior, a conotação patológica dessa epistemologia...
Acho que gosto de fazer genealogias epistêmicas
Ou...palavras complicadas como disse uma.
Enfim, me sinto a mulher mais mal comida do mundo por me estressar tanto com o trabalho
Isso é falta de dar o cu
Diria ela,
E ela estava certa
E eu volto a sentir saudades dela

Eu me recuso a ver o amor enquanto o amor me dói tanto ainda
Nada de filmes, poucas musicas, nada de romantismos e afetuosidades
Não dá, me dói
Tudo lembra ela e me dói
E eu choro

E existe ainda alguém que acredita que alguma coisa é não autobiográfica?
A vida é autobiográfica oras!
Se as pessoas se atentassem mais para a não existência do outro
talvez elas existissem mais
E ao invés de ler autobiografias de alguns que quiseram existir
Fariam as suas próprias vidas.

Ex:
Saramago diz (não sei onde, talvez em uma palestra) que não existem livros de AUTO-ajuda, pois seria necessário que os leitores fossem também os autores para ser AUTO-ajuda, ora pois ;-)
________________

As pessoas são toscas
Eu sou uma pessoa
Eu sou tosca
Isso me irrita
Eu sinto raiva e quero fazer algo com isso

Para mim
Quando posso,
a melhor opção é uma boa fodida com quem você ama
A segunda opção é uma boa auto-fodida
A terceira opção é yoga
A quarta, academia
A quinta, trabalho
A sexta, escrever.

Ok, that’s where it’s wrong
Everybody knows

O gozo é o principio e o fim
E é só disso que Freud falava quando ele dizia de sexo
E as pessoas são toscas
Logo, não sabem olhar as coisas como metáforas.

O universo é isso, um big ban
an explosionnnnnnnnnnnnnnnn
The place where you see stars and blábláblá
Ou seja, o gozo, é o principio e o fim

Em qualquer dimensão
Os gregos já sabiam...
Deixem Freud em paz por favor!
Agora toca a física quântica e a neurociência terem que demonstrar Freud para os toscos acreditarem
Espécie de são tomés essa nossa!
Quem foi o tosco que radicalizou o iluminismo por favor?
foi esse o culpado por foder com nossas toscas vidas

Ex:
"A dissidência em Relações Internacionais propõe uma critica à razão Ocidental Moderna que, como nos falava Max Weber, foi o principal instrumento do desencantamento do mundo – sendo este processo entendido outrora como um progresso da Idade das Trevas para a Idade Moderna. Contudo, atualmente, essa idéia, utilizada ao extremo pela sociedade moderna e auxiliada pelo avanço da ciência e da tecnologia, fez do homem apenas ferramenta. Nas palavras de Heidegger, ferramentas “com o humano desaparecendo no processo” (apud Brown, 1994). (Barros, 2007:170)"
http://www.differance.com.br/clipping/contrib_feministas.pdf
________________
Bando de ladrões filhos da puta
Eles só pensam neles
Ou talvez ainda seja pior
Eles nem pensam
Selvagemente dão continuidade
À política de matar ou morrer
E são os mesmos
E vivem como seus pais
Eu acuso
E renuncio
Renuncio a minha velha posição de boba dessa corte
Tomaram minha inocência e boa vontade
E minha ambição e inveja
E fizeram troça
Só eu mesmo um dia acreditei que eles queriam mesmo mudar
O mundo
Não.
Ninguém quer nada disso
Quanto mais perto de suas tradicionais posições de poder,
Melhor
Com algum confete de gauche
Sempre
E eu era o confete ;-)
Obrigada
Cansei da festa dos Modernos (inhos) hipócritas
Cadáveres que reproduzem
Bípedes preconceituosos
Autoritários
Sacanas
Pra mim deu
Prefiro a minha "pura busca de minha verdade" inexistente
À compor essas estruturas estupidamente erguidas por pessoas
Ruins
Que eu seja sempre A Idiota
Mas nunca A Besta
E se não houver justiça
Não me importa
Quanto antes eles deixarem de existir pra mim
Menos terei que desejar justiça a eles
Que morram
Pra mim.
Covardes
Todos covardes
E chamavam a mim
Louca
Assim, podem ser covardes
Sem precisar pensar
Porque qualquer um que pensar
Terá de assumir:
Hipócritas e covardes
Que dó das criancinhas dos faróis!
Como é linda a caiçara de cachos louros!
Mas não, dessa vez não vai dar pra lhe ajudar,
Amiga
A viagem pra Paris
Impossibilita

Ex:
300. Dois tipos de igualdade. A ânsia de igualdade pode se expressar tanto pelo desejo de rebaixar os outros até seu próprio nível (diminuindo, segregando, derrubando) como pelo desejo de subir juntamente com os outros (reconhecendo, ajudando, alegrando-se com seu êxito). Nietzsche, Humano, demasiado Humano, 2000:198)


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