domingo, 11 de outubro de 2009

africanas 3

eu estive na africa e tudo o que eu pensava, na maior parte do tempo, confirmou-se. Exceto pelo fato de que sempre podemos ser surpreendidos. E isso é humano e é ótimo, então, isso não é uma questão da Africa, mas sim do ser-humano.
Eu particularmente acho que estamos vivendo um momento muito especial da historia da humanidade, porque estamos tendo a oportunidade enfium de ver os dois lados de todas as coisas. E se se confirma o que dizia Saramago - que para conhecer as coisas, hai que dar-lhes a volta - finalmente estamos todos tendo a oportunidade de dar nossa volta. Cada um com a sua propria oportunidade, mas definitivamente a globalização não é mais uma questão de escolha. Ela chegou. Eu estive numa tribo na Guiné Equatorial e sim, eles tinham globalização ali.
Enfim, sem atentar-me muito às provas, a globalização é. E enfim podemos pensar na questão: o que queremos ser na globalização. Porque afinal a globalização é só mais um moral space por nós criado e já que não necessitamos mais estarmos presos a visões lineares ou horizontais de mundo nem a mapas, nem a dogmas: quais serão nossas práticas nesse espaço moral?
aí penso, e um ser pensando sempre incorre em restrições e rótulos, mas ainda assim acredito no que penso como forma de contribuição, então penso:
na idade média o homem passou o poder de criação para a mão de deus, na idade moderna esse poder foi passado para as mãos da razão e egora estamos nós a definir nossa próxima projeção criadora. Minha opinião e opção: porque não projetarmos nós e em nós mesmos?
é importante que se diga isso para que se compreenda que tudo o que penso são idéias, teorias, mas que ao mesmo tempo, eu, tendo concordado com a virada linguistica, acho que teoria é prática. Então, verdadeiramente tento praticar o que penso. E parte do que penso é que por vezes é maior do que o ser humano o que ele pode por sua consciência, então, é óbvio que existiram e existirão contradições e paradoxos.

Mas fernando pessoa era um paradoxo.

sinceramente não tenho a intenção de ser ácida nem grosseira. Mas sou prática. E a comunicação prática é para os mais implícitos ácida. Peço-lhes que aqui tentem complementar meu pensamento e não negá-lo pelo fato de ser um limite meu colocar as coisas de outra maneira. Estejam certos, não é nada contra vocês. É uma pratica cultural que na minha historia de vida eu devo o aprendizado aos americanos.

enfim, eu ia falar da Africa né?

ex:
No momento em que desejo, estou pedindo pra ser levado em consideração.
Não estou meramente aqui -e -agora, selado na coisitude.
sou a favor de outro lugar e outra coisa
exijo que se leve em conta minha atividade negadora
na medida em que persigo algo mais do que a vida
na medida em que de fato batalho pela criação de um mundo humano
que é um mundo de reconhecimento recíprocos
eu deveria lembrar-me constantemente
de que o verdadeiro salto consiste em introduzir a invenção dentro da existência
No mundo em que viajo, estou continuamente a criar-me
e é passando além da hipótese histórica, instrumental,
que iniciarei meu ciclo de liberdade.
(Franz Fanon)

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