sábado, 18 de abril de 2009

vida adulta


É isso. Hoje eu entendi.

Só estou aqui porque quero escrever agora.

E como é difícil chegar onde eu sou mais o que eu quero ser.

São momentos estrelas cadentes que passam e conseguimos acompanhar algumas poucas vezes na narrativa e ainda assim são tão lindos. E catárticos.

Quem não faz pedido a estrela cadente que me diga se não é verdade que naquela hora vc num sente aquela coisa de que as coisas podem ser, sim.

Tenho raiva daqueles que se utilizam da morte para sofrer

A morte é a grande reveladora da vida

E ainda assim há os que preferem viver mortos para não ter de lidar com a vida

E ainda culpam a morte por suas covardias

O medo é

Se dar a ele é o milagre da vida

Não interessa a quem

Mas temer é humano

Gozar do que vem depois, é divino

Porque gozar é divino

Estou na duvida do que fazer com o texto que se segue

É a primeira vez que me sinto realmente querendo escrever

Existe uma duvida entre um diário e uma abstração

O diário me é necessário ainda

Vou tentar trocar os personagens dessa vez.

Sempre me pareceu balela a historia de que a obra existe sem o autor.

Sim, ela existe per si

Desde que se entenda que a existência do autor é a realização da obra

Não existe inspiração

Existe expirração do self

E façam o que quiser com ele

O espirro já é passado

Um self nunca pego

Porque é é

E ou é, ou era, ou será

Infelizmente ainda

Felizmente para eu poder estar falando disso

Porque senão

O que eu faria agora?

Cansei de tentar

Agora vou só ser

Eu mereço

Ainda não sei exatamente valorar as tentativas

Porque é a experimentação que te orienta à única solução

Ser

Mas ta vendo como isso já é passado?

Porque já entendi que eu num sei valorar as tentativas

Eu disse isso, ora pois.

Contei a uma portuguesa a piada do brasileiro que chega em Portugal e pergunta se a loja fechará aos sábados

Como o português responde que não e quando o brasileiro chega lá e descobre que a loja está fechada porque além de não fechar inclusive não abre aos sábados, os brasileiros os tomam por literais.

Perguntas-te me a portuguesa depois de um tanto pensar: mas porque não pergutara logo, o brasileiro, se a loja abriria?

Ponto.

Sometimes I feel like writing in english

It’s always more fun to me

I never feel like saying the wrong stuffs

I feel like maybe saying nothing

But still, nobody would understand here until the globalization

In a way, this is where I feel myself American

We buy America because America is good

You feel welcome

You find a place

You just have to be objective

Sometimes it’s easily mistaken by object

Sometimes it’s easier to be object

Eu gosto quando não preciso comer

Dar as vezes é mais fácil porque menos responsabilidade

Adoro ser fudida

The guilty is gone while He is coming

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Hoje é dia em que as coisas se encaixam médio

Está tudo barulhento e movimentado demais lá fora

E eu queria água

Água quente e represada

Onde eu pudesse soltar meu corpo e ser levada

Para aquele lugar onde a cabeça pára

O corpo é mais e a gente fica parado

Dentro da água eu me acalmo

Água morna pra quente

Meu amor continua aqui

E eu queria poder compartilha-lo agora

Sinto falta de cheiro de liquidos

De hormônios

Gosto de cheiro de liquido de corpo quente

O meu acima de todos

E na verdade fora o meu,

Gosto de bem poucos

Fora o meu o gostar é temporal

Vem arrasa e passa

Tudo pode e depois nada quer

E as relações vão se dando

e hoje não escrevo nada

estou só cansada e ansiosa

não sei o que quero

e penso nela

e penso que ela aqui agora que aconchegaria, me daria calma e paz

e quase a trago até mim de tanto pensar nela

e sinto essa angustia de como que se ela devesse estar aqui dentro

e queria seus beijos agora

e sua mão na minha nuca e seu cabelo roçando meu rosto

e sua língua na minha orelha e seu dedo na minha buceta

e ela perguntando se eu sou dela

e seu dedo na minha buceta

e eu dizendo que sim

e ela com sua língua na minha boca e eu gemendo que sim

e ela com seu dente no meu peito e eu gritando que sim

e ela enfia o pau

e eu me calo

e gozo

queria que ele me quisesse

quero que ele me queira

mas o quero tanto que prefiro não te-lo para mantê-lo

e enquanto isso, penso nele

ele está sentado na cama e me olha

eu faço cara de menina e chego mais perto

ele me olha e sorri

e eu me dispo

porque com seu sorriso ele me chama

e eu chego perto da boca (dele)

e chego minha boca perto do pau (dele)

e cheiro.

E gozo

Entro minha mão na calça e pego no pau dele

Que me sente e reage

E ele me olha e sorri

E eu olho pra ele e ponho minha boca no pau dele

E chupo

Ele fecha os olhos

Eu vejo

E coloco todo o pau na minha boca

E ele pega no meu cabelo

E agora já somos íntimos e nos declaramos desejados

E o todo o tempo que resta é o tempo do pau na buceta.

Tudo é muito intenso pra mim

Eu fico agora, semi acordada

E minha cabeça não pára

Repassam-se todos os momentos milhares de vezes na minha memória

E eu tento me certificar de que eles existiram

Mas qto mais eles repassam, mais vão ficando longes

E tudo nubla

E eu queria poder continuar conversando agora sobre ontem

E acho que é o que estou a fazer

Porque tudo ainda pulsa

E eu só durmo quando meu corpo me para

E ainda assim, meus sonhos são intensos

Então tem pouca diferença entre a hora que estou dormindo e a hora que não estou

As vezes durmo e acordo mais descansada

As vezes durmo e acordo mais cansada

Estou bem carente esses dias

Um carente engraçado

Daqueles gostosos de se curtir desde que eu não fale muitas muitas besteiras

Que depois de muuitas caipirinhas fica difícil de evitar

E ontem foi um espetáculo

Mariana estava em uma de suas melhores performances

Nos pés, vermelho rosa mãe

Para as pernas, Reynaldo Lourenço

No estilo saco de batatas índios cowboys gay.

Para os peitos e abdômen

Qualquer verde jogado

E para as espaldas e pescoço

Herchcovich

E os países que vivem em conflito fazendo sua trégua tereza em mim

Para a cabeça, paris.

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Guarapiranga:



E estava eu na represa

Sendo olhada por aqueles que desfrutavam da vista da represa de sobre seus cavalos.

Montadores todos, é claro

Eu na represa, e tinha transito na represa

E tinha pessoas lindas desfilando seus corpos

E a represa fedia imensamente a merda

Porque a represa era cheia de merda

E era preciso, segundo uns, tomar cuidado com os corpos que se perdiam escondidos na represa

Mas eles nadavam na represa

Mais,

Competiam por espaços nas por eles definidas pistas da represa de merda

E um me fez sentir inveja

Estava ele

Século XXI

Na lancha

Com um negro

De coletes salva-vidas

Que agora era piloto de lancha

Feito sob medida por seu senhor

O senhor branco lindo chique

Ele acuado envergonhado e prestativo

Não sabia nadar.

Enfim, ele, o negro que não sabia nadar

Não nadava na merda._______________________________________________________________

Um comentário:

  1. quantas sensações tantas descrições, misturadas, me assaltaram! Erotismo rasgado! perplexidade!

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